Bolo de milho verde.
E uma delícia como nunca,
mas da um trabalhao como sempre pra deixa-lo pronto.
Lembro de como minha mãe fazia este bolo.
Vou contar pra vocês.
Ela entrava na roça de milho pegava 10 espigas bem grandes!!!
Aquelas bem gordinha mesmo.
Descascava um pedaço de cada palha antes de arrancar pra ter certeza que os grãos estavam todos granadinhos.
Colocavam todas dentro de um saco e descia a ladeira aonde ficava nossa casa.
E depois tirava as casca de cada espigas, limpava os cabelinhos que grudavam entre os vãos dos dentes do milho,limpava todas e preparadas elas ia pro ralo...
As vezes eu queria ajudar a minha mãe e acabava ralando um pedaço do dedo e saia chorando, triste por não conseguir ajuda-la
Ela falava menino bobo o dedo não se rala.
Ela tomava da minha mão e rapidinho estava tudo prontinho.,
Só sobrava os sabugos todos limpinhos, que os porcos gostavam de roer pra afiar os dentes
A mistura da massa era assim:
Ela mexia a massa pra lá,pra cá até ficar no ponto certo. Adicionava um copo de óleo,leite,açúcar,ou sal,dependendo do gosto e uns pedaços de queijo picadinho. Depois da massa preparada e pronta,colocava numa forma grande e levava pra assar rapidinho ...
No fogão a lenha que estalava de quente.
Era fogo embaixo e brasa em cima da tampa, numa panela de ferro.
Era assim ele assava o bolo.
Quando ele ficava moreninho meio queimadinho por cima tava pronto
Depois de pronto,servia café com leite bem quentinho. Hum mm!!!e pra segurar a caneca de esmalte, que era quente igual brasa...
Mais o bolo era tão gostoso, que valia qualquer sacrifício, ité
queimar as pontas dos dedos com aquela caneca bendita de quente.
Ainda hoje sempre repito o mesmo trabalho e sacrifício, pra comer este bolo tao delicioso vale a pena fazer tudo isso.
E os vizinhos curiosos perguntam de onde vem este cheiro tão gostoso.
Se seguir o cheiro chega lá em casa com certeza.
Eita trem bão.
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